quarta-feira, 14 de abril de 2010

Projeto A Informática e a Aprendizagem da Leitura e da Escrita nas Séries Iniciais


A leitura tem lugar cada vez menor no cotidiano de nossos alunos. Em casa, principalmente, ou com amigos, é pobre o material escrito com que eles entram em contato.

Por outro lado, o mundo moderno realiza um apelo constante aos recursos gráficos, seja através da escrita ou da imagem. Mesmo antes de entrar na escola, as crianças têm larga experiência com o mundo letrado, pois é diário o contato com letreiros, outdoors, embalagens de produtos industrializados, sem falar na presença massificada da televisão (e em muitos casos até mesmo do computador) no cotidiano dessas crianças e adolescentes.

Se há esse “letramento” dos alunos através da vida social, por que, para a maioria deles, ler e escrever é uma tarefa difícil e monótona?


Esta aí um desafio que nós, professores, temos que encarar como sendo primordial e que deve ser motivo de luta por aqueles que, por razões diversas, não tiveram a oportunidade de vencê-lo.


E consciente de que a Escola M. E. F. Francisco Joaquim de Brito, onde atuo como professora mediadora de tecnologia, está inserida neste panorama preocupante de alunos com baixo rendimento na disciplina de Língua Portuguesa, é que me proponho através deste trabalho, apresentar um plano de ação que contemple as ferramentas computacionais como mecanismos de auxílio na relação ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa, oferecendo o seu caráter lúdico e dinâmico para a diversificação das possibilidades de interação entre aluno e professor.

4 comentários:

  1. No momento atual, a tônica no ensino de língua está no texto. Mas muitas pessoas ainda desconhecem os estudos que têm sido feitos nas áreas da psicolingüística e da lingüística textual ou conhecem, porém não tem ainda muito claro como colocá-los em prática em sala de aula.

    Mediante a isso, procura-se neste estudo reunir, na sua fundamentação, questões teóricas de diversas fontes sobre leitura e escritura de textos, bem como sobre outras questões relativas à textualidade, gêneros textuais, motivação e letramento que julgo serem necessárias para poder dá consistência a essa reflexão pedagógica.

    Ressalta-se, porém, que este trabalho só traz idéias básicas, não eximindo a leitura das obras originais consultadas. Pelo contrário, espera-se que essas idéias trazidas sirvam de estímulo para a busca às fontes. De modo algum estou querendo passar receitas prontas, mas tentando servir como uma espécie de "pontapé inicial" para trabalhos com leitura diversos gêneros textuais em sala de aula.

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  2. A leitura, as práticas e as competências leitoras têm ocupado espaço considerável na educação e na mídia brasileira. Em 2003, o Brasil obteve desempenho insatisfatório em duas grandes pesquisas: uma de âmbito nacional - Instituto Paulo Montenegro - divulgou que 72% de jovens são alfabetos funcionais, ou seja, não sabem ler e escrever. Em outra internacional, o PISA - Programa Internacional para Avaliação de Estudantes, o país ocupou o 37o. lugar em letramento de leitura. Algumas ações têm tentado mobilizar escolas, professores, diretores e sociedade para mudar este quadro: PNLD - Programa Nacional do Trabalho Didático através dos módulos literários, o PNBE - Programa Nacional Biblioteca na Escola, campanhas como "Tempo de Leitura" e "Literatura em Minha Casa", entre outras. Estas iniciativas mostram algo em comum: a utilização de textos literários e a proposta para o uso de diversos tipos de textos nas ações voltadas para leitura. No entanto, nota-se que as instituições de ensino encontram dificuldades em fazer uso da literatura como objeto de leitura.

    Entre vários problemas estruturais já tão denunciados pelas pesquisas e estudos realizados, ressalta-se aqui a questão da formação docente como um dos principais entraves a uma prática educativa de qualidade, especialmente no que se refere ao ensino da leitura. Entende se que, ainda que todos os quesitos ideais necessários a uma prática de ensino da leitura fossem efetivados na escola, indispensável seria a presença de professores leitores, que sentissem prazer na leitura, que fossem bem informados e instrumentalizados para tal prática.

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  3. O ensino da leitura e, particularmente, a importância da literatura na formação pessoal e intelectual do ser humano ainda nas séries iniciais, encontram pouco espaço nos programas de formação inicial e continuada das escolas brasileiras. Este estudo pretende desenvolver atividades que convergem para ações voltadas diretamente para alunos e professores das séries iniciais do ensino fundamental.

    Os objetivos gerais do estudo consistiu em formar o leitor autônomo (alunos e professores das séries iniciais), através do estímulo à sensibilidade, criatividade e criticidade e da formação do gosto pela leitura, contribuindo para a construção de uma cidadania plena. Prevê na motivação da leitura nas séries iniciais para a formação de leitores efetivamente comprometidos com a prática social. Tais objetivos podem ser traduzidos nas seguintes ações que vem sendo implementadas paulatinamente.

    Assim este estudo definiu como importante o cultivo do espaço da biblioteca, através do Laboratório de Leitura, Literatura e Educação, como lugar onde a prática de leitura não esteja restrita à pesquisa e consulta, mas voltada para a satisfação de necessidades mais amplas do ser humano (culturais, afetivas, estéticas, etc.); Estimular o uso da literatura infantil como elemento essencial para a formação do leitor nas séries iniciais; Estimular o trabalho com a oralidade no texto literário, aproveitando o universo infantil para as várias possibilidades de leitura; Formar o professor das séries iniciais como contador de histórias e criar conjuntamente metodologias que proporcionem a formação do gosto; Acompanhar e orientar o trabalho desenvolvido por professores em sala de aula; Disseminar e multiplicar as metodologias para formação do leitor; Habilitar o aluno para consulta em bibliotecas (conhecimento de regras de funcionamento, cuidados com acervo, procedimentos para inscrição, consulta e/ou retirada de trabalhos, etc.);

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  4. Constituir acervo diversificado de literatura infantil e de material didático-pedagógico para alunos e professores, bem como produzir guias de leitura que auxiliem na seleção de obras literárias adequadas para o trabalho nas séries iniciais; expandir as formas de interpretação de textos escritos para diferentes campos de linguagem (teatro, artes plásticas, música, cinema, etc.). Proporcionar acesso de alunos das séries iniciais a novas tecnologias, como o computador, por exemplo, desmistificando seu uso e viabilizando-o como nova possibilidade de linguagem.

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